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Sesc São Carlos realiza mostra de xilogravuras

21 Mar 2019 - 12h46Por Redação
Sesc São Carlos realiza mostra de xilogravuras - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Com entrada gratuita, tem início nesta sexta-feira, 22, a partir das 20h30 no Sesc São Carlos, a exposição “Madeira Nova – Jovem Xilogravura Contemporânea”.

Com curadoria de Célia Barros, a mostra reúne obras de oito jovens artistas da cena contemporânea da xilogravura, todos com pesquisas direcionadas para a imagem em grande formato e oriundos de formações artísticas diversas.

Nesta sexta-feira ocorre a abertura com a impressão coletiva de uma xilogravura de grande formato, por meio de um processo performático desenvolvido pela artista Luisa Almeida.

A visitação pública será de 23 de março a 26 de maio.

MADEIRA NOVA - JOVEM XILOGRAVURA CONTEMPORÂNEA

No Brasil, a reprodução de imagens e palavras por meio de matrizes de madeira tem um começo difuso, pois os colonizadores portugueses não permitiam a existência de imprensa, nem a edição de livros. No entanto, no sec. XIX difundiu-se a literatura de cordel como forma de divulgação de notícias e histórias populares, consagrando artistas como J. Borges nesta arte gráfica. No século XX, à influência da literatura de cordel, soma-se o Expressionismo Alemão, e vários artistas se identificaram com a técnica e exploraram suas possibilidades e limitações. Artistas hoje renomados como Gilvan Samico, Oswaldo Goeldi e Maria Bonomi tiveram, na xilogravura, sua principal fonte de investigação estética. Já nos anos 2000 teve lugar uma efervescência da xilogravura fazendo uso da técnica Lambe-lambe, que ocupou os espaços públicos da cidade de São Paulo e, mais recentemente, os movimentos coletivos da gravura têm se dedicado às feiras gráficas, em parceria com projetos editoriais, formando novos circuitos e mercados para a gravura contemporânea.  Fabrício Lopez, Francisco Maringelli e Augusto Sampaio são xilogravadores frequentemente citados pelos jovens artistas que compõem esta exposição.

Na seleção desta mostra, todos, de forma geral, circulam pelas feiras gráficas, conhecem bem a técnica do Lambe-lambe e têm incursões artísticas no espaço público. Estamos perante um núcleo de artistas com pesquisas direcionadas para a imagem em grande formato, inventando técnicas e inovando nos materiais de impressão, trazendo novas possibilidades para a linguagem.  Como jovens em inicio de carreira, podemos ver nos universos em que cada um está mergulhado, novos caminhos de indagação e especulação do futuro. Seria impossível mostrar na aqui a profundidade e a diversidade das pesquisas desenvolvidas por cada artista. Na intenção de valorizar e entender as proximidades e diferenças entre eles, focamos em alguns direcionamentos nas pesquisas individuais, deixando outras tantas imagens de lado, que precisarão de novas exposições, para se tornarem visíveis ao público.  (Texto: Célia Barros – Curadora)

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