quinta, 28 de março de 2024
Braços cruzados

USP paralisa as atividades nos dois campus em São Carlos

Servidores exigem melhores salários; governo oferece 1,5% de reajuste e categoria reivindica 12,56%.

14 Jun 2018 - 09h21Por Marcos Escrivani
Servidores iniciam greve na USP São Carlos - Crédito: Maycon MaximinoServidores iniciam greve na USP São Carlos - Crédito: Maycon Maximino

Servidos públicos estaduais dos campus 1 e 2 da USP São Carlos iniciaram na manhã desta quinta-feira, 14, paralisação por tempo indeterminado. A categoria reivindica junto ao Governo do Estado, um reajuste de 12,56%, enquanto que a oferta do dissídio chega a 1,5%.

Na manhã desta quinta, ao São Carlos Agora, o presidente do Sindicato dos Funcionários da USP São Carlos (Sintusp), Décio Bueno informou que na quarta-feira, 13, ocorreu uma panfletagem junto aos servidores de todo o Estado.

“A paralisação está forte e atinge a USP, Unesp e Unicamp”, disse. “Nossa principal reivindicação é quando aos salários. Estamos sem reajuste desde 2015 e neste ano, que é de eleição, ofereceram 1,5%. Mas a defasagem é grande e não cobre o que pedimos, que é de R$ 12,56%. E essa diferença nos causa muita insatisfação. Vamos parar para que um índice melhor nos seja oferecido”, disse.

INDIGNAÇÃO

No movimento, uma faixa tinha os seguintes dizeres: “Para nós, 1% e para eles. 36%”. Indagado sobre o significado de tal frase, Bueno disse que a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou recentemente um aumento no teto dos salários da USP em R$ 30 mil, elevando o salários dos professores dos atuais R$ 22 mil para esse patamar.

“A diferença de R$ 8 mil é muito grande. Ainda mais levando em consideração que o salário base (inicial) dos servidores é em média R$ 1,8 mil. Com 1,5% de aumento acrescenta em média R$ 35 a R$ 40 nos vencimentos”, contabilizou. “Essa desigualdade que revolta”, emendou.

MOVIMENTO FORTE

Bueno disse que a greve começou em São Carlos e pouco a pouco os servidores estão aderindo ao movimento. “Através de nossa indignação, queremos cobrar dos responsáveis essa diferença nos salários”, disse.

Sobre a paralisação, ele disse que em todo o estado, as universidades estaduais pararam.

“Em Ribeirão Preto e em Piracicaba os portões foram trancados. Em São Paulo, há passeatas entorno do Butantã. Em Pirassununga e Bauru o movimento também é considerável. Mas se aqui os portões serão fechados, não sei. Isso será decidido em assembleia”, finalizou Bueno.

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