quinta, 28 de março de 2024
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Pesquisa da UFSCar avalia a rigidez das artérias em portadores de diabetes

11 Jan 2019 - 12h50Por Redação
Pesquisa da UFSCar avalia a rigidez das artérias em portadores de diabetes - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar (Lacap) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem por objetivo avaliar a saúde das artérias de indivíduos diagnosticados com diabetes tipo 2, que tenham entre 40 e 60 anos de idade. O estudo é conduzido pela doutoranda Clara Monteiro, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade, sob orientação de Renata Gonçalves Medes, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição.

A diabetes tipo 2 é um distúrbio metabólico caracterizado pelo elevado nível de glicose no sangue, resistência à insulina e relativa falta de insulina no organismo. Os sintomas mais comuns são sede excessiva, micção frequente e perda de peso, mas outros sinais também podem aparecer, como fome excessiva, fadiga e feridas que não cicatrizam. Entre as complicações a longo prazo relacionadas aos níveis elevados de glicose estão doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, retinopatia diabética que pode causar cegueira, insuficiência renal e má circulação de sangue nos membros inferiores. A diabetes tipo 2 também leva a uma alteração na estrutura vascular e no sistema nervoso autonômico, prejudicando o controle da frequência cardíaca e da pressão arterial de forma sistêmica.

Na tentativa de avaliar estratégias que possam minimizar os efeitos da doença na saúde das artérias, a atual pesquisa propõe um treinamento aeróbio com intensidade específica voltado a diabéticos do tipo 2, para avaliar qual a influência desse protocolo na rigidez arterial dessa população. "Há maior propensão de rigidez das artérias em indivíduos com diabetes tipo 2 e o treinamento proposto pode se mostrar uma importante estratégia para reduzir essa complicação", diz Clara Monteiro.

De acordo com a pesquisadora, caso seja comprovada a eficácia do treinamento, ele poderá passar a ser prescrito aos pacientes, com base em evidências científicas, melhorando a saúde e a qualidade de vida das pessoas acometidas com o diabetes tipo 2.

Para desenvolver a pesquisa estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, que tenham entre 40 e 60 anos de idade, com diagnóstico de diabetes tipo 2. Os participantes passarão por treinamentos físicos durante 12 semanas, além de exames clínicos e laboratoriais. Os interessados em participar podem entrar em contato com a equipe até dezembro de 2019, pelo telefone (16) 98833-3042 ou pelo e-mail diabetes.fat@gmail.com.

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