sexta, 29 de março de 2024
Apoio aos alunos da UFSCar e seus orientadore

Competindo e divulgando a ciência Brasileira em Boston (EUA)

21 Jan 2019 - 11h36Por Redação
Competindo e divulgando a ciência Brasileira em Boston (EUA) - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

O iGEM (Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Engenheiradas) é uma competição que foi criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 2004 e que se realiza anualmente em Boston, nos Estados Unidos. Desde sua criação, mais de trinta mil pessoas, entre estudantes e orientadores oriundos de quarenta e cinco países, passaram pelo iGEM, um número que cresce cada vez mais.

Alunos do curso de Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) criaram um grupo para estudar a Biologia Sintética e participar do iGEM, com o apoio de  diversos professores não só dessa Universidade, como, também, da USP, dos campi de São Paulo e de São Carlos, tendo como um dos orientadores do citado grupo o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Otávio Thiemann.

O projeto do grupo incide, essencialmente, na ideia de que a colonização de outros planetas será o caminho mais viável para a sobrevivência, sustentabilidade e avanço da humanidade nos próximos anos e, claro, o planeta Marte apresenta-se, por diversos motivos que já são conhecidos do público, o mais forte candidato para abrigar uma sociedade interplanetária. Alguns empresários, como Elon Musk, CEO da SpaceX, acreditam que se levará de 40 a 100 anos para alcançar uma sociedade autossustentável em Marte, um tempo extremamente curto perto da história da humanidade.

Contudo, ainda existem muitas barreiras que nos distanciam da chegada em Marte, entre elas a questão do transporte (como vamos chegar lá e levar tudo o que precisamos?) e da infraestrutura, que inclui acomodação, transporte no planeta, armazenamento e, principalmente, acesso a água e alimentos.

Além das agências espaciais e empresas do ramo, muitas equipes da competição iGEM também têm se dedicado na resolução desses problemas, como a de Stanford-Brown,

http://2016.igem.org/Team:Stanford-Brown

em 2016, que desenvolveu um balão a base de biopolímeros para transportar materiais até o Planeta Vermelho, ou a equipe DTU-Denmark,

http://2018.igem.org/Team:DTU-Denmark

que avaliou o desenvolvimento de materiais de construção à base de fungos que resistissem às condições hostis de Marte.

O projeto do grupo da UFSCar é diferente de todos que já passaram pela competição. Os alunos e seus orientadores irão focar sua atuação na alimentação dos futuros moradores do Planeta Vermelho, sendo que, para isso, irão desenvolver uma linhagem de leveduras fermentadoras resistentes às condições marcianas para permitir a produção de pão e outros alimentos fermentados na colônia. Além disso, essa tecnologia também poderá ser aplicada em muitos processos já existentes aqui na Terra, assim como diversos produtos que já são utilizados no nosso cotidiano e que são fruto de pesquisas relacionadas com a exploração espacial!

https://canaltech.com.br/ciencia/Tecnologias-que-voce-usa-e-foram-descobertas-pela-Exploracao-Espacial/

Para poder participar da competição e dar vida a este projeto, o grupo da UFSCar está fazendo uma campanha de recolha de fundos para apoiar sua pesquisa e pagar a taxa de inscrição do iGEM – US$ 5 mil, aproximadamente R$ 20 mil. Apoiando essa campanha, você ajuda o grupo não só a pagar essa taxa, como também a desenvolver esse projeto de verdade, para que ele não fique só no papel.

A campanha é flexível, o que significa que o grupo não precisa alcançar a meta para que o projeto seja financiado, mas toda ajuda é bem vinda, já que quanto mais dinheiro for arrecadado, mais partes do projeto se poderão desenvolver, rumo ao produto final.

Para que o projeto saia do papel, todo o grupo terá que realizar uma série de experimentos e estudos para desenvolver a levedura acima citada, trabalhos esses que serão executados nos laboratórios da USP e da UFSCar, sob a supervisão dos professores responsáveis. Além disso, o grupo também terá acesso a câmaras de simulação do ambiente marciano no laboratório, e a um balão estratosférico, através de uma parceria com o grupo de extensão Zenith, https://www.facebook.com/zenitheesc/ onde se avaliará tanto a capacidade de sobrevivência da levedura nessas condições, quanto a sua capacidade de fermentação, garantindo que ela seja capaz de exercer sua função.

Além do custo da inscrição da equipe no iGEM, outras despesas também terão que ser supridas, como, por exemplo, a inscrição individual de cada membro no Giant Jamboree, evento de apresentação dos projetos - US$ 650 (R$ 2600). Com o dinheiro arrecadado, a equipe são-carlense poderá se inscrever e contar com a participação de dois membros para representar o grupo! Os demais gastos estão relacionados com despesas de realização do projeto, como compra de reagentes, montagem de DNA sintético e de envio do balão à estratosfera, além do custo de produção das recompensas e a taxa de 13% do catarse.

Caso a meta seja ultrapassada, o dinheiro excedente poderá ser investido em mais materiais necessários para a realização do projeto ou com despesas de deslocamento e acomodação dos membros em Boston!

Para assistir o vídeo que explica o projeto, clique https://youtu.be/IZ4JB9cnMXQ

Para ficar por dentro deste projeto e/ou colaborar, clique https://www.catarse.me/igemufscar (Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP)

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