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Após 15 anos de atuação em São Carlos, Juiz Galhardo é transferido

19 Mar 2009 - 11h42Por Redação São Carlos Agora

Galhardo sempre esteve a vontade para tomar decisões para diminuir a violência infantil na cidade.Após 15 anos de bons serviços prestados em São Carlos, o juiz da 2ª Vara Criminal da Infância e Juventude, João Baptista Galhardo Júnior deixa o cargo nesta sexta-feira (20) e já na próxima semana já começa a trabalhar na Vara Pública do Estado em Araraquara.

Para o lugar de Galhardo foi nomeado um novo Juiz, que deverá ser transferido da capital, devendo assumir suas funções na próxima semana.

João Galhardo, diz que nos 15 anos que atuou na comarca de São Carlos, sempre esteve a vontade para tomar decisões para diminuir a violência infantil na cidade. Sobre a vinda do Centro de Atendimento Sócio Educativo ao Adolescente (CASA), que deverá ser inaugurado em breve na região das chácaras das flores, Galhardo disse que é a instituição é bem vinda, pois o adolescente da cidade tem que ser reeducado no município. Sobre a construção de um Centro de Detenção Provisória (CDP) em São Carlos ele diz que é a favor, pois como Juiz da 2ª vara Criminal já estava tendo problemas em Itirapina. Segundo o Juiz, trazer presos para audiência, visita de familiares, julgamentos e outros transportes, vem dado muito gasto ao Estado. Nos anos 90, a situação da criança e do adolescente em São Carlos preocupava. Não havia atendimento para eles. Quando apreendidos eles eram mandados para a Fundação Estadual de Bem-Estar do Menor (FEBEM) de Ribeirão Preto, Franco da Rocha, ou São Paulo. Em 1999, Galhardo começou a promover, no Fórum, reuniões com representantes das várias áreas pertinentes. Ministério Público, Secretaria da Segurança Pública, secretários municipais de saúde, educação e esportes, entidades assistenciais.

Em 2000, por fim, começava a funcionar o Núcleo de Atendimento Integrado (NAI). Galhardo diz que o NAI é um projeto barato, em que o adolescente é tratado em sua própria cidade, com bons resultados. Já os menores infratores, por falta de unidade específica ainda estão sendo encaminhados para unidades da Fundação CASA. Por falta de espaço, todas as meninas infratoras, são levadas para uma cela na cadeia feminina de Ribeirão Bonito.

O Juiz disse que ainda há muito que se fazer, mas, é preciso levar a sério o problema do menor infrator na cidade, para que eles não se tornem um bandido no futuro. O Juiz João Batista Galhardo Junior começou sua carreira em 1990, numa época em que São Carlos tinha índices expressivos de criminalidade. Cinco anos após, ele passou para a área da Infância e Juventude, que até hoje acumula com a criminal e eleitoral.

Colaborou Noticentro

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