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Polícia Civil deflagra ação contra fraudes em operadoras de TV e internet

19 Abr 2018 - 13h10Por Assessoria de Imprensa
Polícia Civil deflagra ação contra fraudes em operadoras de TV e internet -
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19), a Operação Takedown. A ação, que ocorre em São Paulo, Barueri, Jandira, Mogi das Cruzes e Osasco, visa cumprir 22 mandados de busca e apreensão contra empresas que fraudavam sistemas de operadoras de internet e TV por assinatura.
 
Segundo os investigadores, a força-tarefa visa deter um grupo responsável por criar uma “administração paralela” em duas grandes operadoras de canais. O esquema permitia acesso aos servidores das empresas e possibilitava desde a captação de novos assinantes até a alteração da base de valores dos pacotes – sem que as operadoras tomassem conhecimento.
 
A quadrilha modifica o valor lançado no boleto oficial e criava uma linha de pagamento própria, cobrada diretamente do cliente. Os prejuízos chegam a R$ 3 milhões.
 
“Takedown” é o termo usado para o ato de derrubar uma grande estrutura. A operação foi preparada a partir das apurações feitas por policiais da 4ª Delegacia de Investigações de Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos (4ª DIG) durante 12 meses. As investigações chegaram até um esquema cujo ponto de partida é uma firma em Barueri, que oferecia “soluções de informática”.
 
O proprietário, ex-funcionário de uma operadora desse serviço, usou um servidor próprio para criar uma linha de acesso ao banco de dados dos clientes da antiga empresa. O login e senha permitiam alterar as fichas cadastrais e as mensalidades dos assinantes.
 
O esquema atraiu donos de firmas especializadas em instalação de equipamentos de televisão e informática. Segundo o coordenador da ação e delegado titular da 4ª DIG, José Mariano de Araújo Filho, os envolvidos estavam divididos em três grandes grupos: Núcleo Mogi, Núcleo Osasco e Núcleo São Paulo. Pelo menos 22 pessoas integravam essas células.
 
Ainda de acordo com Araújo Filho, mesmo os assinantes legítimos das empresas eram enganados porque acreditavam que estavam tratando com um representante autorizado que podia fazer as alterações.
 
 
Além disso, o sistema fraudulento permitia a inserção de qualificações falsas de clientes – logo, gerava “fantasmas” que poderiam ser usados para outros tipos de golpes. Como não havia um assinante real, dificulta-se o rastreamento do criminoso envolvido.
 
Até o momento, diversos aparelhos e computadores foram apreendidos, bem como uma pistola com numeração raspada. A operação, que conta com 132 policiais civis e 52 viaturas, prossegue em andamento.

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