sexta, 19 de abril de 2024
Brasil

Duas jornalistas da CNN são feridas em manifestação em São Paulo

12 Jun 2014 - 14h16

Duas jornalistas da CNN foram feridas em confronto da Tropa de Choque da Polícia Miliar com um grupo de manifestantes que protestam contra a Copa do Mundo, em São Paulo.

Segundo a CNN, a polícia usou gás lacrimogêneo contra o grupo que tentava bloquear pistas próximas à Arena Corinthians, o Itaquerão. De acordo com a CNN, a repórter Shasta Darlington sofreu um pequeno corte no braço e a produtora Barbara Arvanitidis foi atingida no pulso.

Cerca de 200 pessoas participam do ato Sem Direitos Não Vai Ter Copa, organizado pelas redes sociais. Os policiais atiraram várias bombas de efeito moral para conter os manifestantes, que estão na Rua Apucarana, nas imediações da Estação Carrão do Metrô de São Paulo. Os policiais cercaram a estação e tentam evitar que o protesto chegue até a Avenida Radial Leste.

Defensores públicos da Comissão Especial para a Copa do Mundo da Fifa 2014 acompanham o protesto com o objetivo de garantir o direito a manifestação. Segundo o defensor Jiancarlo Silkunas, esse direito não está sendo respeitado.

Ainda segundo a Defensoria Pública de São Paulo, a situação está mais crítica perto da estação do metrô, e a Polícia Militar já avisou que irá coibir qualquer manifestação que saia do Sindicato dos Metroviários.

A Defensoria Pública informou que, se for confirmado abuso da política nas manifestações, poderá entrar com ação individual na Justiça para pedir indenização do estado. A Defensoria Pública já entrou com uma ação civil pública em que pede à Justiça a determinação de uma série de medidas para coibir excessos por parte de policiais em manifestações públicas, como uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha. A ação também requer o pagamento de indenização por danos morais coletivos pela Fazenda do estado por causa de abusos em oito diferentes manifestações já ocorridas. Se concedida, a indenização será revertida ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos. A ação ainda não foi analisada pela Justiça.

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